A meio da noite acordo como se sentisse o teu toque. A sensação das tuas mãos a tocarem-me perseguem-me. A vontade de te sentir aumenta a medida que a noite avança. O brilho dos teus olhos ilumina a minha mente e aquece o meu coração, a vontade de te ter invade meu peito e faz-me desejar-te incondicionalmente. O teu calor aquece o meu coração mantendo-o novamente vivo, livre, feliz. Adormeço com a tua face na minha cabeça, o meu subconsciente teima em ver-te a cada fechar de olhos trazendo-te a cada segundo novamente à minha cabeça e uma vez mais sinto-te, vejo-te, desejo como se já não houvesse amanhecer. Como se o mundo acabasse dali a 5 minutos.
Dou por mim a dar voltas e voltas na cama. Procuro por ti, mas não estás lá. Não encontro sinal teu. O teu cheiro continua na minha almofada. O calor do teu amor e o toque das tuas mãos tudo continua gravado em mim. Procuro-te novamente, entre lençóis, recordações e lembrança. Deixo escapar um suspiro desesperado. Sinto que estás ao meu lado, mas não te posso tocar, estás aqui, dentro de mim, no meu coração eternamente.
Já é dia. Depois duma noite atormentada pelo espírito dum amor eternamente vivo. Condenado a viver em função da sua outra metade. Da tua metade. Acordo sobressaltada. Olho para o lado e vejo que felizmente tudo não passou dum sonho. Continuas ao meu lado, com teus olhos fechados e serenos a dormir. Descansando profundamente. Vejo-te tão calmo, tão puro, tão tu. Tão o Carlos, o Meu Carlos. O Carlos que eu amei, que amo e que irei para sempre amar. Sinto-me aliviada. Sinto-me feliz por te ter e agora, não deixar-te-ei ir, não outra vez.
Jamais.
Não o permitirei. Porque mereço-te e tu a mim.
A felicidade, o amor, o desejo, o prazer, a alegria, tudo, merecemos viver!
Sim, a vida...
Merecemos viver, respirar, sentir-mo-nos livres, e ao teu lado, sou livre e agora mais que nunca, feliz.